As festividades juninas estão movimentando a economia local, e pra quem ama este estado como eu, é impossível não se sentir feliz em ver a cidade ganhando vida. O brilho das luzes, o som das quadrilhas, o cheiro de comidas típicas no ar… tudo isso vai além da cultura: é também uma injeção de ânimo na nossa economia.
O Acre vive um momento delicado economicamente. Eu cheguei neste amado estado em 2011, vindo do Mato Grosso, e logo de cara me encantei com o cenário que encontrei. Lembro bem de um comércio aquecido, lojas cheias e o centro de Rio Branco fervendo de gente – parecia um formigueiro, com pessoas indo e vindo, comprando, vendendo, movimentando tudo com entusiasmo.
Infelizmente, hoje a realidade não é mais a mesma. O fluxo diminuiu, o entusiasmo deu lugar à preocupação, e o dinheiro parece circular com mais dificuldade. É visível que o comerciante tem lutado para manter as portas abertas, especialmente nas datas comemorativas.
Mas o que ainda se mantém firme é a fé do povo acreano na força do trabalho. Ver barraquinhas montadas, famílias se organizando pra vender comidas típicas e o sorriso no rosto de quem batalha todos os dias é a prova de que, apesar dos desafios, o espírito de superação continua vivo por aqui.
As festas do arraial não são apenas diversão. Elas são resistência, são oportunidade, são esperança. E enquanto houver acreano acreditando no futuro, há também motivo pra continuar lutando. Porque quem ama essa terra sabe que ela tem muito valor – e merece voltar a crescer.



