Nos corredores da Câmara Municipal de Rio Branco, o burburinho é inevitável: Rutênio Sá (União Brasil) vai deixar a liderança do prefeito? Márcio Mustafá (PSDB) está pronto para assumir? A pergunta está no ar e a movimentação nos bastidores está longe de ser discreta.
A notícia da possível saída de Rutênio da liderança da base governista pegou muita gente de surpresa — mas não exatamente por acaso. Com pretensões de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026, Rutênio estaria começando a se afastar, aos poucos, do papel de articulador direto do Executivo na Casa. Ao ser abordado pela imprensa nesta semana, ele preferiu o silêncio: “sem declarações por enquanto”, disse, encerrando o assunto com um leve sorriso.
Já o atual vice-líder, Márcio Mustafá, embora mais contido nas palavras, transparece segurança nos bastidores. Tem atuado com desenvoltura em pautas ligadas ao trabalho, renda e temas de interesse direto da população. Quando questionado se deve mesmo assumir o posto de líder, se esquivou diplomaticamente: “nada definido!”. Mas os gestos dizem mais que as palavras.
A movimentação nos bastidores aponta para um acordo já costurado. E como é comum na política, a transição parece estar sendo construída com cautela e sem pressa, para evitar fissuras na base governista.
Com a Câmara aquecida por temas importantes nas próximas semanas, o momento da troca pode ser estratégico. Mustafá tem se mostrado presente, articulador e com bom trânsito entre vereadores de diferentes partidos — um perfil considerado ideal para a liderança em tempos de pré-eleição.
Enquanto isso, a base do prefeito Tião Bocalom aguarda a oficialização. Por ora, o que se tem é um cenário de expectativa e silêncio estratégico. Mas como diz o velho ditado dos bastidores políticos: onde há fumaça…
