Sirnande Melo aponta descaso com o Bairro Placas: “Nos prometeram melhorias nas ruas e esqueceram depois.”

O presidente da Associação de Moradores do Bairro das Placas, Sirnande Melo, denunciou nesta semana o descumprimento de promessas feitas pela prefeitura de Rio Branco durante o período eleitoral. Segundo ele, foi garantido à comunidade que, logo após a eleição, ao menos três ruas em situação crítica seriam contempladas com pavimentação — o que até hoje não aconteceu.

“Prometeram que na terça-feira, depois da eleição, as máquinas estariam nas ruas 1º de agosto, 15 de novembro e 8 de maio. Nos emocionamos, acreditamos, mas nada foi feito. O bairro continua abandonado”, desabafou Sirnândio em entrevista ao jornalista Marciano Gonçalves.

As ruas citadas estão entre as 15 vias listadas em ofício enviado à prefeitura desde janeiro de 2024, no âmbito do programa Asfalta Rio Branco. Segundo o presidente, nenhuma delas recebeu qualquer tipo de intervenção até agora.

O bairro continua abandonado”, desabafou Sirnândio em entrevista ao jornalista Marciano Gonçalves.
Sirnande Melo desabafou em entrevista ao jornalista Marciano Gonçalves

“Disseram que iriam começar pelas três ruas mais críticas, e a comunidade acreditou. Depois que passou a eleição, sumiram. Falaram em nova licitação para daqui a 90 dias, mas o verão está passando e nada aconteceu”, criticou.

A situação da rua 8 de maio ganhou repercussão nas redes sociais após vídeos de moradores mostrando a plantação de macaxeira em meio aos buracos. Para Sirnândio, o abandono é evidente e contradiz os dados oficiais.

“Algumas ruas aparecem como se já tivessem sido asfaltadas, mas falta até 100 metros de pavimentação. Isso precisa ser esclarecido.”

O líder comunitário também questionou o destino dos recursos do programa Asfalta Rio Branco, que, segundo ele, previa R$ 16 milhões por regional, totalizando R$ 160 milhões. “Até agora, nada chegou nas Placas. E a população está cansada de promessas vazias.”

Sirnândio finalizou dizendo que sua atuação não é política, mas sim representativa: “Não estamos pedindo favor, estamos pedindo respeito com uma comunidade que espera por dignidade. A gestão pública é para todos — não só para quem votou ou tem ligação com o poder.”

Veja um trecho da entrevista em vídeo